sábado, 20 de junho de 2009

INCLUSÃO!!!

Muito interessante a abordagem da autora Cleonice Bosa que se referiu a convivência com o autismo com o fato de abdicar de uma só forma de ver o mundo e nos remete a pensar nas multiplas formas. Sabendo disso fica mais fácil entender e respeitar o diferente e quem sabe mudar nossa postura de educadores, quando dizemos a toda hora que é dificil trabalhar com alunos portadores de necessidades especiais em sala de aula, quem sabe já é hora de pensarmos em atividades adaptativas que possam realmente incluí-los. E estar abertos a inclusão já é um bom começo!!!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

RELATO SUPER LEGAL!!!! AULA DEZ!!!!

Comecei a aula fazendo demonstração do livro A MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA, e perguntei do que achavam que se tratava a história, todos deram a sua opinião inclusive um aluno chamou a atenção para a cor da menina que era igual a da colega. Num segundo momento li a história e depois fizemos uma interpretação oral sobre a mesma, na qual todos participaram,falando dos personagens, os acontecimentos da história e o que era ser bonito. Também aproveitei a oportunidade para cada um falar de si, sua identidade, como eram seus pais, etc. Pude perceber que alguns participavam mais que outros, pois ainda demonstram dificuldades para se expressarem, mas a conversa foi muita positiva porque tirou a invisibilidade dos alunos pardos e negros da sala. Para finalizar o primeiro dia os alunos fizeram um desenho sobre a sua família pensando nas características de cada um (cor da pele, cabelos, olhos, etc.) e penduraram no varal da sala. Gosto muito expor os trabalhos que fazem no varal pedagógico, pois neste momento acontece uma coisa bem bacana e que considero fundamental na sala de aula e que é uma oportunidade única de trabalhar as diferenças, pois neste momento os alunos vão perceber que temos muitas formas de olhar e tratar o mesmo assunto, inclusive gosto de ouvir a opinião deles sobre o trabalho dos colegas. No outro dia, fizemos a rodinha e comparamos nossos desenhos com as fotos(alguns não trouxeram fotos estão pedi que relatassem como era sua família indicando se pareciam com alguma foto trazida por outro colega). Neste momento pude sentir que todos se engajaram na atividade e acabaram se auto reconhecendo cada um com sua etnia, e a certeza veio quando cada um se auto denominou marcando no gráfico sua descendência. Depois desta atividade distribuí jornal para ser amassado e colocado nas meias para construir uma boneca. Enchemos as meias pretas de bolas de jornal e amarrei formando as partes do corpo, desenhamos com tinta olhos, boca, nariz, etc. Encantados com nossa criação, vimos que faltaram os cabelos, como não tinha pensado nisso, deram a idéia de colocar uma touca que estava nas caixas das fantasias e amarrar um laço colorido em volta da touca. Foi um sucesso, então fizemos uma votação para escolher o nome da nossa menina bonita. Como muitos votaram em Maria e o segundo mais votado foi Joana, a nomeamos de Maria Joana. Nascia ali uma boneca negra, que iria visitar a casa de cada um e partilhar um pouco da vida de cada um (junto com a boneca iria para casa um caderno onde deveria ser escrito o que cada um fez em casa com a boneca, que seria lido na rodinha do dia seguinte) Para finalizar a tarde convidei alguns pais para conversar e mostrar alguns pertences que representassem suas etnias. Primeiramente comecei explicando sobre minha etnia, a origem, mostrei no globo, falei e mostrei fotos minhas, depois falou uma mãe negra que comentou sobre sua origem(pediu que seu filho mostrasse no globo para os colegas a onde ficava seu país de origem) e de outros negros conhecidos e que faziam sucesso, trouxe algumas fotos da sua religião e roupas. Com todo esse trabalho que foi lúdico do começo ao fim pude perceber que reconhecer nossas diferenças e celebra-las é o caminho mais curto para igualdade, pois somos iguais nas diferenças!!!!

domingo, 7 de junho de 2009

PENSANDO BEM!!

A solução é pensar a educação depois do holocausto, porque antes ela não levou a sociedade a lugar algum, senão a barbárie. Então parece claro que não é com medidas autoritárias e com pensamento único é que vamos construir uma sociedade democrática onde as diferenças é que prevalecem e nos aproximam.
Pensar em educação hoje é transformar a escola num espaço capaz de humanizar onde se celebre a cooperatividade e a outonomia dos alunos como aspectos fundamentais no seu dia a dia.
É claro que ainda temos um longo caminho a se percorrido para que melhorias realmente aconteçam no cotidiano das nossas escolas, pois se hoje não temos mais severidade de antes temos o outro lado que também é perigoso é o descaso que vem sofrendo os nossos alunos em decorrência do descomprometi mento com a educação, pois isto também pode gerar uma forma de barbárie e penso que este é o mal que já está no nosso meio social, prova disso é a banalização da violência que já está por todos os lados, e que já pode ser comparada a um campo de concentração, basta ver as estatísticas.
Confesso que estar refletindo sobre este tema me fez questionar posionamentos e atitudes vivenciadas na minha escola que precisam ser revistos e estar refletindo sobre isso é de fundamental importância.
Estar em constante reflexão sobre qual sociedade que queremos construir e viver deve ser tarefa de todos envolvidos na educação, e o professor como agente social que é deve buscar sempre refletir sobre sua prática e o meio em que está inserido, pois só assim conseguiremos buscar e vivenciar a verdadeira humanidade, afinal pertencemos todos a uma mesma raça que é a humana e o que nos torna realmente iguais são nossas diferenças.